quinta-feira, 31 de agosto de 2023

MCAULEY SCHENKER GROUP (MSG)

 McAuley Schenker Group

Sim, Robin está usando extensões coloridas.



           Muitos fãs de heavy metal clássico conhecem ou já ouviram falar do MSG, banda formada por Michael Schenker após integrar o UFO e Scorpions nos anos 70. Durante os anos oitenta, porém, foi dado o sinônimo da inicial M para o sobrenome do vocalista daquela formação, Robin McAuley.
        O McAuley Schenker Group teve uma apressada carreira de pouco mais de meia década, começando em 1987 com o disco "Perfect Timing", numa tentativa falha de Schenker de se igualar a banda do irmão, Rudolf, com tentativas (ou sobras) descaradas do Scorpions. Mas isso não tira toda a magia da banda de rock melódico, que se destaca com o talento incrível de Robin McAuley. A forma simples e singela de McAuley cantar um verso que seja, faz com que seja inevitável de se apaixonar mesmo que minimamente por ele, com destaques para "Gimme Your Love", "Love Is Not A Game" e "Here Today-Gone Tomorrow".
Capa do álbum "Perfect Timing"
Capa do álbum "Perfect Timing"
        Seu disco de estreia, conseguindo emplacar o single "Gimme Your Love" na Billboard 100 (sendo também o primeiro feito de Schenker nas paradas norte-americanas), é agradável e fácil de se ouvir, onde não podemos deixar de falar de "Time", primeira balada e gênero que irá seguir a banda pelos outros dois discos como sua marca registrada. Em geral, o "Perfect Timing" é um disco diverso, onde temos muitos thirlls e blues, como a "Follow The Night", "I Don't Wanna Lose" (que poderia facilmente ser confundida por alguma música do L.A Guns), para "Get Out" e "No Time for Losers". Fechando o disco, temos a magnífica "Rock 'Till You're Crazy", onde vemos o quanto a banda errou não colocando como um segundo single. É possível dizer que há bandas até os dias atuais procurando fazer algo que se iguale a essa b-side esquecida, porém tão poderosa! Num geral, o disco possui grandes e fortes elementos, onde podemos claramente ouvir todos os instrumentos nas músicas.


        Seguimos adiante com o eletrizante "Save Yourself". Tendo sido lançado em 1989, junto a queda da popularidade do glam metal, o estilo visual mais colorido deixa de ser o foco, entrando numa linha mais heavy metal, para o agrado dos fãs mais tradicionais. Na primeira faixa, cujo leva o mesmo nome do álbum, temos o contato imediato com as habilidades de Michael Schenker na guitarra, mostrando toda sua harmonia e capacidade de escolher as melhores notas a serem tocadas. A voz poderosa e rouca de McAuley também não fica muito atrás. No pré-refrão distorcido criamos toda a expectativa, onde explode no solo mais magnífico de Schenker até o momento. "Bad Boys", a qual tenta emplacar com a faixa do mesmo nome do Whitesnake, porém com o charme que apenas o MSG pode promover. Alto astral e dançante, nos prepara para a balada dor de cotovelo profissional e mais famosa do disco.
Capa do álbum "Save Yourself"
Capa do álbum "Save Yourself"

        "Anytime", melancólica e pegajosa é uma ótima introdutória à banda, mostrando todos os fatores postivos do talento do conjunto: poético, harmônico e dolorido. O tom das guitarras, junto ao vocal, nos trás a carga emocional duplicada.
        Uma coisa que não podemos negar é a incrível capacidade da banda de realizar fillers. Apesar de conciso, nenhuma das próximas músicas do álbum acabam por chegar nas perfeições autorais alcançadas anteriormente nas primeiras faixas. "What We Need", assemelha-se com Take Me Away, do Blue Oyster Cult, enquanto "Get Down to Bizness", "Shadow of the Night" e "I Am Your Radio" acabam por serem totalmente obsoletas, boas para aquele disco que você ouve durante a faxina, não prestando muito atenção no que está tocando realmente.
        "There Has to Be Another Way", introdutória a "This Is My Heart", perfeita para aquele(a) dito cujo não superado no fundo do seu coração. Perigosíssima para ouvir numa sexta-feira a noite após alguns copos, cuidado! As últimas músicas causam preocupação para os mal-resolvidos com o próprio coração. "Take Me Back", faixa bônus nas versões físicas japonesas, acaba por fechar o TOP3 do disco. Teria sido, também, uma ótima title, com o pré-refrão energético e feito para ser cantado junto.


        Por último na discografia, temos o auto intitulado MSG. Lançado em 1991 no Japão e em 1992 na Europa, diria que a banda finalmente atinge o som conciso e maduro que parecia faltar nos outros dois trabalhos, talvez sendo por grande influência da formação, que agora conta com Jeff Pilson (conhecido por suas passagens no Dokken e Dio) e James Kottak (que fizera parte da banda Kingdom Come).
    
Capa do álbum "MSG"
Capa do álbum "MSG"

    Em sua sequência, "Eve" seria facilmente trilha sonora de algum filme de Sessão da Tarde, enquanto "Paradise" é uma das favoritas. Forte, pulsante, metal, excitante, tudo em perfeita medida. O álbum acaba por ser bem dividido, alternando entre músicas de extrema dor de cotovelo a músicas pop-rock como "Lonely Nights", "Invincible" e "Crazy". A melancolia do relacionamento fracassado acaba presente no restante das músicas, como em "This Broken Heart", onde a composição acaba nos fazendo sentir empáticos, assim como "We Believe in Love".
        Agora um parágrafo todo dedicado a elas, grandes protagonistas desse álbum, as baladas. "What Happens to Me", "This Night is Gonna Last Forever" e "Nightmare", sendo as duas últimas minhas favoritas. "This Night is Gonna Last Forever", com uma composição singela e com a voz carregada de McAuley me trás arrepios todas as vezes que ouço. "Nightmare", grande Nightmare, capaz de transmitir a catarse para aqueles que se deixam levar pelo tom, agora não presente somente no vocal, mas como no instrumental. Perigosíssima também! Ótima para quando você quer chorar, mas não tem desculpa.

Introdução

 Introdução


     Olá, caros conterrâneos do mundo Hard & Heavy! Nesse primeiro post irei procurar fazer uma breve introdução sobre o que será abordado na página e o que esperar nas próximas publicações. Então vamos lá!

     Há algum tempo venho vendo a cena do hard, glam e heavy metal em geral crescendo por entre os jovens, porém não é fácil ouvir de tudo e falar para todos sobre descobertas semanais de bandas aleatórias. Como uma forma de organização e também para trazer um pouco mais de conteúdo para a galera mais nova que vier de encontro com mais informações e quiser procurar saber mais, sobre opiniões e afins, este blog estará lá para satisfazer esses desejos.

    Uma coisa importante para darmos continuidade é que: opiniões são relativas, além de não serem definitivas. Não poderei fazer nada caso meu gosto for de desencontro com o seu, porém podemos abrir uma discussão sobre seus motivos, estamos aqui para conversar e compartilhar experiências de igual para igual. No geral, poderei também mudar de opinião sobre tal banda ou tal disco, o que me virá a atualizar o blog e assim por diante.

    Muito obrigada por ler até aqui e nos vemos nas próximas reviews!


    Me siga no Instagram: @glam1major 

'Born Again', o pacto sombrio do Hard Rock

     O remake de ' Nosferatu ' está em cartaz nos cinemas, fazendo os góticos e metaleiros irem a loucura. Essa obsessão dos rockeir...