Criada na Flórida pelos irmãos Oliva, a banda, que inicialmente se chamava Avatar, teve seu nome mudado para evitar conflitos que poderiam existir na época, pois havia uma banda na Europa com esse mesmo nome. Sendo assim, em 1982, foi colocado um S no começo do nome antigo, e o final trocado por um “Age”, com a intenção de deixar um tom mais místico, com profundidade. Certamente, a esposa de Criss Oliva não poderia ter dado outro tiro tão certeiro. O nome, além de ser uma identidade das bandas, tende a transmitir toda sua intenção por trás da música, dessa forma, a banda não poderia estar mais completa.
Além dos irmãos musicistas Jon e Criss Oliva, a primeira formação também contava
com Keith Collins no baixo e Steve “Doc Killdrums” na bateria. Uma das formações
vista como clássica pelos fãs, deu origem a primeira parte da discografia – que
podemos apelidar de primeiro ato.
Apesar
de ser um bom disco de heavy metal, o “Power Of The Night” não teve divulgação em
forma de retaliação por parte da gravadora, pois a faixa single, “Hard For Love”,
era muito explícita para tocar nas rádios e televisão. Mesmo com a sugestão de
mudarem o nome para algo menos sugestivo (Hot ao invés de Hard), os garotos não
concordaram e decidiram manter como estava, sendo um ponto crucial para o
futuro da banda.
Dando um
fechamento dramático para esse primeiro ato, o “Fight For The Rock”, chamado de
“Fight For The Nightmare” por Jon Oliva, desestabilizou o sonho dos garotos de
se tornarem rockstars. Nesse período, a banda foi enviada para a Inglaterra
para gravar o disco, nesse meio tempo descoberto que seu empresário roubava
dinheiro importante para a continuidade de seus projetos, sem contar com uma
orientação confusa da gravadora. Nas palavras do vocalista:
"[...]
Tivemos muita falta de orientação naquele disco, principalmente por pessoas que
ficavam nos mandando fazer as coisas. [...] Acho que essa fase foi importante
para nós, pois aprendemos a dizer não e nos impor perante aos outros. [...] Nos
disseram que iríamos ficar ricos e gastamos todo o dinheiro que tínhamos na
turnê no Power Of The Night, e naquela altura estávamos tendo filhos e tendo
pessoas para alimentar. Se não fosse nos deixar ricos, então que pelo menos
pudéssemos fazer do nosso jeito [...]" - Jon Oliva para Rockumentary, 2007.
Músicas
que inicialmente eram projetos para serem passados a frente, para outros artistas, precisaram ser gravadas pela banda. Por isso que, para o vocalista, “Fight
For The Rock” não conta na discografia. Não é o que eles realmente queriam
transmitir ao seu público, não era o estilo deles de se expressar.
Após o lançamento decepcionante para os fãs e desanimo por parte de todos, as coisas saíram dos trilhos. A essa
altura, Jon Oliva enfrentava problemas com drogas e álcool, e o baixista, Keith
Collins, renunciou seu cargo. A apreensão era muita, até receberem
um telefonema importante de um produtor chamado Paul O’Neil.
Muitas
bandas possuem aquele membro “secreto”, que a fanbase trata como se fosse
definitivo. Mutt Lange era o sexto integrante do Def Leppard, Jason White é o
segundo guitarrista do Green Day, e Paul O’Neil era o mestre do Savatage.
Produtor
reconhecido pela indústria, foi a virada de chave para o segundo ato da banda,
dando origem aos discos “Hall Of The Mountain King”, “Gutter Ballet”, "Streets" e “Edge of
Thorns”. Ele foi responsável por dar o dinheiro necessário aos garotos e o
local para gravarem o disco homônimo de 1987, dando as coordenadas que os
jovens garotos precisavam e incentivo para suas “loucuras”.
Para
essa gravação, Criss Oliva apresentou Johny Lee Midleton para substituto das 4
cordas, sendo o integrante que aparece em todos os álbuns daqui em diante. E bem,
o que dizer sobre esse disco?
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