sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

'Born Again', o pacto sombrio do Hard Rock

     O remake de 'Nosferatu' está em cartaz nos cinemas, fazendo os góticos e metaleiros irem a loucura. Essa obsessão dos rockeiros pelo obscuro e pelo mau criam a subcultura e ajudam a manter o legado do ocultismo, o qual acaba se tornando um esteriótipo para os ouvintes do gênero. A parte mais interessante é que o diabólico não se prende apenas às músicas extremas, porque graças ao Black Sabbath em colaboração com Ian Gillan, é capaz de sentirmos na medida certa como o sombrio seria em contato com o hard rock.

Capa do álbum 'Born Again'

    O Born Again, disco que marca a decadência da banda tanto nos charts quanto no público, é resultado de todos os problemas que Tony Iommi. Sem Ronnie James Dio e Vinny Appice e com convites de vocalistas sendo recusados, é como se a junção da formação clássica com um dos maiores vocalistas de todos os tempos estivesse premeditada a acontecer em algum momento, principalmente por conta da amizade - e bebedeira - de Ian Gillan e Tony juntos.
    Gillan piorava em seu alcoolismo, assim como Iommi, e nenhum projeto se via com tanto sucesso quanto os de seus colegas do Purple; afinal, Blackmore e Glover emplacavam com Rainbow e seu desconhecido Joe Lynn Turner, e o Whitesnake junto a Jon Lord procurava o hit para chamar de seu.
Geezer, Ian, Tony e Bev
Formação da turnê 
    
    Apesar do estilo músical do álbum fosse mais leves que os demais lançados até então, ele não caiu muito bem no gosto dos fãs e da crítica por conta do grande problema conhecido por todos nós - a mixagem final do disco.
    Há quem diga que, após o término da mixagem final, Geezer Butler tenha entrado e aumentado suas linhas de baixo nas músicas. Não é algo confirmado, apenas uma especulação, pois tanto Gillan quando Iommi comentam sobre a divirgência das fitas master com o produto final. Tony descreve em sua biografia "Iron Man" outra suposta alternativa:
    “Quando chegou a hora de fazer a mixagem, Ian reproduziu o material alto demais. Supostamente, ele estourou assim alguns tweeters dos alto-falantes do estúdio. Fizemos a mixagem sem saber que haviam estourado e ninguém percebeu. Simplesmente achamos que o som estava meio esquisito, mas algo saiu muito errado em alguma fase entre a mixagem, a masterização e a prensagem do álbum. Não acompanhamos tudo e, aparentemente, quando testaram os discos, o som estava abafado demais.

Geezer, Ian, Bill e Tony
 (antes de Tony pedir para Ian se vestir feito gente)

    Apesar da reviravolta, o super-grupo conseguiu alcançar o 4º lugar nas paradas britânicas.

   Ao analisar de maneira crítica, o disco é muito bom. Nos faz sonhar com a remixagem que Iommi vêm lançando de toda a discografia do Sabbath. Abrindo com 'Thrased', um pop rock que, se não fosse pela distorção exagerada da mixagem, seria uma aposta para um sucesso comercial. É todo o composto de Bill, Geezer e Tony, com a força das cordas vocais mais guerreiras de todo o heavy metal de Ian Gillan.
    Isso para entrar no místico, sombrio e herege. 'Disturbing the Priest' é igual sentar no colo do capeta. Vemos que muitos discos de thrash metal e qualquer um que tente validar o capeta em suas músicas não são capazes de trazer a maestria dessas lendas no mesmo trabalho. Sem contar que a música é inspirada em um caso real que aconteceu durante a gravação do disco, quando a banda realmente irritou um padre por conta de seu som alto: 

"Redigiram um abaixo-assinado contra nós, que nos foi trazido pelo padre." - Tony Iommi.

    São várias as citações em que Iommi comenta sobre o disco em sua biografia, ressaltando sobre a composição de Gillan, onde sempre narra fatos do cotidiano, o que influenciou em faixas como 'Disturbing the Priest'.

    "Eu joguei a minha cópia para fora da janela do carro." - Ian Gillan.


    Mas ouso dizer que o lado B carrega as melhores faixas. Mesmo que o solo logo no início de 'Digital Bitch' seja uma tremenda porcaria, a música é um popzinho energético contagiante, um pouco mais leve do que 'Hot Line', que é uma boa trilha para academia. 

Encarte do CD

    As baladas, 'Born Again' e 'Keep It Warm' são agradáveis. A primeira sendo uma pegada mais setentista, arrastada, boa para curtir no seu próprio tempo, e a melosa 'Keep It Warm' para arrasar o coração dos mais fracos. Os interludes de 'The Dark' e 'Stonehenge' quase passam despercebidos por serem muito bem conectadas as suas faixas sucessoras, além de auxiliar na atmosfera mística em torno do álbum.
    Por mais que o disco não seja um ato revolucionário dentro do heavy metal como as demais fases do Sabbath, é inegável seu valor dentro do gênero. É um grande divisor de águas para aqueles que se permitem adentrar nas demais fases que bandas clássicas - como Purple e o próprio Black Sabbath - produziram em uma década não tão experimental quanto os anos 70.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Savatage - Do primeiro ato ao Clímax

Como diria meu amigo Leandro: “Existem dois tipos de pessoas, as que ouvem e gostam de Savatage, e os que nunca ouviram”. Essa afirmação, além de precisa, é algo que definitivamente se mostra comum entre o público heavy metal, indo até o hard rock. O Savatage é uma banda que marca um ponto muito crucial na vida de quem os ouve.

               Criada na Flórida pelos irmãos Oliva, a banda, que inicialmente se chamava Avatar, teve seu nome mudado para evitar conflitos que poderiam existir na época, pois havia uma banda na Europa com esse mesmo nome. Sendo assim, em 1982, foi colocado um S no começo do nome antigo, e o final trocado por um “Age”, com a intenção de deixar um tom mais místico, com profundidade. Certamente, a esposa de Criss Oliva não poderia ter dado outro tiro tão certeiro. O nome, além de ser uma identidade das bandas, tende a transmitir toda sua intenção por trás da música, dessa forma, a banda não poderia estar mais completa.

               Além dos  irmãos musicistas Jon e Criss Oliva, a primeira formação também contava com Keith Collins no baixo e Steve “Doc Killdrums” na bateria. Uma das formações vista como clássica pelos fãs, deu origem a primeira parte da discografia – que podemos apelidar de primeiro ato.

               Os discos “Sirens”, “The Dungeons Are Calling”, “Power Of The Night” e “Fight For The Rock” deram origem a um primeiro ato turbulento, com várias reviravoltas. Os dois primeiros lançamentos foram bem aceitos pelo público local, além de ter vendido bem para obras de selo independente (Par Records). Infelizmente, essa ascensão não continuou quando assinaram contrato com a conhecida Atlantic Records.

               Apesar de ser um bom disco de heavy metal, o “Power Of The Night” não teve divulgação em forma de retaliação por parte da gravadora, pois a faixa single, “Hard For Love”, era muito explícita para tocar nas rádios e televisão. Mesmo com a sugestão de mudarem o nome para algo menos sugestivo (Hot ao invés de Hard), os garotos não concordaram e decidiram manter como estava, sendo um ponto crucial para o futuro da banda.

               Dando um fechamento dramático para esse primeiro ato, o “Fight For The Rock”, chamado de “Fight For The Nightmare” por Jon Oliva, desestabilizou o sonho dos garotos de se tornarem rockstars. Nesse período, a banda foi enviada para a Inglaterra para gravar o disco, nesse meio tempo descoberto que seu empresário roubava dinheiro importante para a continuidade de seus projetos, sem contar com uma orientação confusa da gravadora. Nas palavras do vocalista:

               "[...] Tivemos muita falta de orientação naquele disco, principalmente por pessoas que ficavam nos mandando fazer as coisas. [...] Acho que essa fase foi importante para nós, pois aprendemos a dizer não e nos impor perante aos outros. [...] Nos disseram que iríamos ficar ricos e gastamos todo o dinheiro que tínhamos na turnê no Power Of The Night, e naquela altura estávamos tendo filhos e tendo pessoas para alimentar. Se não fosse nos deixar ricos, então que pelo menos pudéssemos fazer do nosso jeito [...]" - Jon Oliva para Rockumentary, 2007.

               Músicas que inicialmente eram projetos para serem passados a frente, para outros artistas, precisaram ser gravadas pela banda. Por isso que, para o vocalista, “Fight For The Rock” não conta na discografia. Não é o que eles realmente queriam transmitir ao seu público, não era o estilo deles de se expressar.

               Após o lançamento decepcionante para os fãs e desanimo por parte de todos, as coisas saíram dos trilhos. A essa altura, Jon Oliva enfrentava problemas com drogas e álcool, e o baixista, Keith Collins, renunciou seu cargo. A apreensão era muita, até receberem um telefonema importante de um produtor chamado Paul O’Neil.

               Muitas bandas possuem aquele membro “secreto”, que a fanbase trata como se fosse definitivo. Mutt Lange era o sexto integrante do Def Leppard, Jason White é o segundo guitarrista do Green Day, e Paul O’Neil era o mestre do Savatage.

               Produtor reconhecido pela indústria, foi a virada de chave para o segundo ato da banda, dando origem aos discos “Hall Of The Mountain King”, “Gutter Ballet”, "Streets" e “Edge of Thorns”. Ele foi responsável por dar o dinheiro necessário aos garotos e o local para gravarem o disco homônimo de 1987, dando as coordenadas que os jovens garotos precisavam e incentivo para suas “loucuras”.

               Para essa gravação, Criss Oliva apresentou Johny Lee Midleton para substituto das 4 cordas, sendo o integrante que aparece em todos os álbuns daqui em diante. E bem, o que dizer sobre esse disco?

               Por mais cômico que pareça, é uma surra de heavy metal. Junto ao toque sinfônico – que seria emulado melhor no próximo disco, o tom pesado de uma oitava abaixo e os vocais agúdos e roucos de Jon Oliva são eletrizantes, energéticos: É o disco que te acorda na manhã de segunda-feira. Um speed metal melódico. Perfeito para os nerds de plantão, com referências a montanhas, jogos de RPG e muito, muito metal. Sem contar no reforço dos agúdos de Ray Gillen na faixa “Strange Wings”.
                     É um álbum para você aguçar seus ouvidos e prestar atenção em todas as nuances postas sobre as melodias. É tudo sobre a bateria, depois sobre a guitarra, depois sobre o baixo, depois sobre o vocal... Mas não necessariamente nessa ordem, é tudo junto! É o som do pedal da bateria com o vocal subindo notas em segundos e abaixando logo após, a guitarra explodindo e o baixo guiando o som. É sistemático e natural. É absurdo.

                Sinto ser necessário uma nova postagem para falar mais detalhadamente do clímax que vem após o lançamento do "Hall Of Mountain King", pois uma analise mais profunda é o mínimo para as obras primas do metal. Com isso, acho bom já finalizar por aqui.
                 É muita emoção conseguir finalizar uma produção concisa sobre a banda que é responsável por marcar de maneira importante a vida de um apreciador de música. Após mais de um ano com esse texto nos meus rascunhos e tentativas falhas de continuar, sem que se tornasse muito massante, aqui está! Engraçado que a banda chegou até a voltar antes da publicação desse blog...

terça-feira, 5 de novembro de 2024

[COBERTURA] Adrian Vandenberg e Mats Levén agitam noite amena em Curitiba

    Curitiba está recuperando seu título de "Chuvitiba" aos poucos. Nesse domingo, dia 03, o clima ameno e chuvoso tentou desanimar o público de Adrian Vandenberg e Mats Levén, mas não foi páreo para a energia contagiante dos europeus no palco do grande Hard Rock Cafe Curitiba, na região nobre da capital paranaense.


    O animo causado pela setlist, onde o holandês conseguiu fazer um ótimo balanceamento entre os sucessos da fase dourada junto ao Whitesnake, contando com sucessos que até mesmo não eram tocados pela banda, e do solo que carrega o seu sobrenome, foi o que pareceu instigar boa parte do público.
    A parte mais nova dos espectadores, assim como eu que nunca pôde (e talvez não poderá) desfrutar as músicas da banda de David Coverdale ao vivo, pode soltar a voz com sucessos como "Now You're Gone", "Here I Go Again", "Judgment Day" e entre outras que veremos mais abaixo. Enquanto isso, o público mais velho estava afiadíssimo com as músicas solo na ponta da língua, cantando hits como "Wait", "Your Love Is in Vain" e a nova "Hit the Ground Running", sem contar, é claro, com a clássica "Burning Heart", em plenos pulmões.
    Preciso ressaltar a grande pontualidade do evento, que apesar da banda de abertura, Phantom Star, começar 5 minutos após o estipulado (às 21h), a banda entrou com seus instrumentos postos, após uma intro matadora de King Diamond. A abertura feita pela banda local que teve sua estreia no evento surpreendeu até mesmo os mais rigorosos apreciadores de heavy metal, com uma técnica e visual deslumbrantes. Gosto de acreditar que o metal curitibano está seguindo uma ótima caminhada mentorada pelo estúdio Heavytron.
    Agora, a assiduidade de Adrian em subir ao palco as 21h58 me deixou perplexa. Era assim como nas revistas dos anos 80, com pernas compridas e cabelos loiros brilhantes, além da blusa de animal print laranja que trajava. Às 22h, Mats Levén pisou no palco com suas grandes botinas vermelhas bordô e jaqueta costumizada, sobreposta a camiseta da banda de NWOBHM "Angel Witch". Admito que quero chegar na idade dele com essa disposição de bangear com tanta vontade e cantar com grande fôlego - num karaoke, é claro.

    Foi quase um chute (que quase levei algumas vezes) começar com "Bad Boys", do Whitesnake.  A energia que o vocalista sueco trás é arrebatadora, apesar de sua voz não combinar muito bem com o tom dos discos da fase glam do Whitesnake, por serem notoriamente muito altos e fora de seu tom. É como seu trabalho anterior com Yngwie Malmsteen, onde há alguns agudos aqui e ali, mas nada muito exorbitante como outros lançamentos do guitarrista. 

    Falando em sua passagem na banda de Malmsteen, admito que senti falta de uma faixa de sua participação do álbum de 1997. Apesar disso, ele cabe perfeitamente nas músicas de Vandenberg! Sem contar a química entre eles ser excepcional. Adorável.



SETLIST:

Bad Boys 
Fool for Your Loving
Your Love Is in Vain
Now You're Gone
Hit the Ground Running
Sailing Ships
Judgment Day 
Is This Love
Wait
Crying in the Rain
Burning Heart
Still of the Night
Here I Go Again

    Vale ressaltar que durante a época do Whitesnake, Now You're Gone não era tocada ao vivo. Foi uma surpresa muito boa para os fãs, assim como foi lindo de ver o set acústico de Sailing Ships, também da passagem de Adrian pela banda britânica, como uma balada tocante e apaixonante.

   Um muito obrigada para a DNA Produções por trazer esses dois astros do hard & heavy, e por toda a equipe envolvida de músicos e roadies!

domingo, 24 de março de 2024

[COBERTURA] O Glam não está morto



   
Seria Curitiba capaz de animar um show mesmo estando debaixo de um calor de 30°C no período da noite? A resposta, para os suecos do Crazy Lixx, é sim.


    O Jokers Bar, um espaço completamente "instagramável" da cidade, localizado na grande São Francisco, foi palco para mais uma edição da Glam Slam, festa que promete ser mais quente que o verão de '92. Diria que não precisaria ser necessariamente de 1992, pois essa semana do dia 15 de março de 2024, as temperaturas foram exorbitantes. Mesmo assim, isso não foi páreo para as atrações da festa (e que festa!).
    A pontualidade não foi o forte da festa com relação aos shows, lembrando de não ser um evento para ter uma hora exata para voltar para casa. Marenna começou seu set com pouco mais de 10 minutos de atraso, dando um espetáculo com sua formação completa, que conta com Rod Marenna (Vocal), Edu Lersch (Guitarra), Luks Diesel (Teclados), BIFE (Baixo) e Arthur Schavinski (Bateria). Posso dizer que das últimas apresentações da banda que tive o prazer em presenciar, essa foi a melhor, apesar de alguns problemas técnicos no som, que não interferiram muito na apresentação.

SETLIST:
  1. Voyager
  2. Piece of Tomorrow
  3. Out of Line
  4. You Need to Believe
  5. Too Young
  6. Breaking the Chains
  7. Getting Higher
  8. Had Enough
  9. Wait
    Por conta do atraso do Marenna, a apresentação de Stevie Rachelle [Tuff] se viu desfalcada por uma música. O show marcado para as 21h20, começou 21h45. Ainda não havia tido a oportunidade de assistir a uma apresentação do vocalista do Tuff, mas devo dizer que me surpreendi. O cara é muito carismático! Faz você ter vontade de acompanhar o show por completo. Distribuiu palhetas para o pessoal que estava na frente pro palco e até mesmo me alcançou a setlist na mão antes do final! Pediu para que não visse e não contasse para ninguém até terminar, foi o que fiz!
    Todavia, o show deveria ter acabado junto com algum outro cover, pois "American Hair Band" acaba estragando toda a magia que o show havia oferecido antes, de um ambiente confortável e divertido, não forçado falando sobre sexo oral.


SETLIST:
  1. God Bless This Mess
  2. In Dogs We Trust
  3. Ruck a Pit Bridge
  4. Good Guys Wear Black
  5. I Hate Kissing You Goodbye
  6. Summertime Goodbye
  7. You've Got Another Thing Comin' [Judas Priest]
  8. The All New Generation
  9. American Hair Band




    Não sei se foi a ansiedade de estar perto no palco, mas parece que o atraso do show (que começou quarenta minutos após o esperado) se tornou ainda maior. Ao abrirem as cortinas, não pude acreditar no que via. Demorou bons minutos para cair a ficha que a banda estava na minha frente, nem mesmo tocando nos cabelos sedosos do guitarrista Chrisse. A voz de Danny Rexon é idêntica aos discos e a atmosfera criada pela banda é envolvente e emocionante. Poder ter feito parte do uníssono que cantou suas músicas mais famosas é um sonho a ser realizado.
    O Crazy Lixx é uma das (senão a) melhor banda de hard rock do cenário atual. Suas canções não ficam apenas no batido "Long Live Rock 'N' Roll", com tudo na medida. A bateria pulsante, guitarras melódicas e frenéticas, junto ao vocal bem produzido, é uma banda feita para ser comerical, atendendo muito bem as expectativas. Senti muita falta das músicas mais "lado b" da discografia, até mesmo do single "Killer" na setlist, mas não podemos ter tudo na vida!


SETLIST:

  1. Whiskey Tango Foxtrot
  2. Hell Raising Women
  3. Rock and a Hard Place
  4. XIII
  5. Silent Thunder
  6. Rise Above
  7. Sword and Stone
  8. Girls of the 80's
  9. Walk the Wire
  10. Wild Child
  11. Two Shots at Glory
  12. Blame It on Love
  13. 21 Til I Die
  14. Anthem for America
  15. Never Die (Forever Wild)

    Entrevistei Joél Cirera, agora não mais baterista do Crazy Lixx, e foi uma honra poder tirar fotos e cumprimentá-lo, assim como grande parte dos fãs fizeram assim que eles vieram junto a mesa de Merch para conhecer o público. Jens Anderssen baixista moreno, não ficou para ver, porém Jens Lundgren, o loiro guitarrista, fez questão de trocar conversa conosco, junto ao tímido Chrisse, que nos mostra como a energia do palco nos transforma. A produção me magoou bastante, pois sabiam que eu havia feito docinhos locais que a banda não conhecia e não deram para a banda experimentar.

    Infelizmente, não pude ficar para ver o Sex 'N' Roll, a qual também estava muito animada para ver, por conta de motivos pessoais. Porém, já tive o prazer de presenciar sua apresentação na última edição da Zombie Walk, no dia 11 de fevereiro desse ano. A banda manda muito bem, agora sob nova formação, trazendo sons direto dos anos 80 e com músicas autorais de grande nível, sendo um ótimo tributo, junto a sua energia contagiante e visual hair metal que agrada muito.





segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

[ENTREVISTA] Joél Cirera, baterista do Crazy Lixx, fala sobre o novo álbum "Two Shots at Glory", shows no Brasil, amizade com Vic Zino e carreira além da banda.

    Uma nova onda de artistas tentando recobrar o som nostálgico das músicas oitentistas é notória para todos, mas com o Crazy Lixx, alguma coisa é diferente. O meio termo da banda, que surgiu em 2001, de não poder ser chamada de nova mas também sem portar o título de velha, faz com que um limbo surja e, com ele, a definição do "New Wave of Sleaze Metal". Para os conhecedores, Crazy Lixx não é cara nova, mas passaram por muitas mudanças após os 23 anos na estrada.

Novo disco "Two Shots at Glory"


    A formação atual contando com Danny Rexon nos vocais, Joél Cirera na bateria, Jens Anderson no baixo, Chrisse Olsson e Jens Lundgren completando nas guitarras, eles nos transportam direto para a febre que foi o hard rock da década de 80 junto a um toque da tecnologia atual. Agora em março, a banda estará na América do Sul com três shows marcados no Brasil, sendo eles nas capitais Curitiba (sexta-feira, 15) e Belo Horizonte (sábado, 16) na festa Glam Slam, conhecida por trazer o Hardcore Superstar ano passado e darem lugar as festas mais quentes desde o verão de '92, fechando com o Glam Metal Fest na cidade de São Paulo (domingo, 17). 
POSTER DA TURNÊ SUL-AMERICANA


    Junto ao pessoal do Alma Hard, convidamos o baterista Joél Cirera para uma entrevista e compartilhar do animo que será receber a banda em nosso território em breve. Leandro e eu conversamos via Internet com Joél, direto de Malmö, falando desde o novo álbum que estreou nessa última sexta-feira (16) chamado 'Two Shots at Glory', quantas músicas irão tocar aqui, até sua banda de death metal dos anos 2000.


    “Já começando com a primeira pergunta, quais são as expectativas do disco?”
    J: As expectativas? [...] Em primeiro momento não era tão grande já que não era para ser um álbum, mais como as músicas com novas mixagens, mas ao mesmo tempo fizemos o cover de Sword and Stone do Kiss, então de repente parou de ser apenas uma colaboração e começou a ser mais criativo, mesmo que a maioria das músicas fossem antigas. [...] Considerando o apoio que estamos tendo com as músicas que já saíram, estamos bem animados, porque geralmente esses álbuns, assim como os ao vivo, são divertidos porém não tão especiais. Então acaba se tornando o contrário.

    “Sabendo a premissa de compilação do novo álbum, o público deve ter ainda mais o gosto da transição da banda do sleaze para o melódico, hard-rock nostálgico, por assim dizer. Essa mudança se mostrou em algum momento para vocês como banda? Foi proposital, tem algum propósito?”

    J: Acho que foi mais um processo natural [...] a maior parte das músicas foram remixadas, do álbum anterior ao New Religion, que foi mais ou menos uma mudança drástica do que fizemos anteriormente. Quando nós lançamos o primeiro álbum, teve uma sonoridade mais sleaze porque era o que estava em alta na Suécia e fomos umas das primeiras bandas a fazer isso, então quando fizemos o New Religion achamos ser OK [...]. Eu não fiz muita parte nas sessões de bateria daquele disco pois estava fora da banda na época, então não sei bem dizer como foram as discussões da banda durante, mas quando voltei e fizemos o auto-intitulado foi uma mistura dos discos anteriores. Quando Chris e Jens entraram na banda nós meio que achamos o meio termo do hard rock oitentista que queríamos fazer, que considerando a reação do público e do que eles gostavam, meio que nos separamos de toda aquela parada sleaze, igual maioria das bandas aqui na Suécia fizeram. [...] Nós pensamos que hoje em dia nossa música não representa todo aquele gênero sleaze como na época, claro que vinte anos depois é um progresso natural.


    “Como dissemos antes, as expectativas estão altas já que a discografia toda tem tantas coisas incríveis, qual foi a estratégia principal para escolher as músicas?”

    J: Ah… Não faço ideia (risos) porque na verdade foi tudo o Danny. Quero dizer, toda essa ideia começou com o pensamento dele do que aconteceria se as músicas que já temos caso fossem melhor produzidas, como foi no caso do New Religion, então na verdade foi uma ideia dele que a gravadora achou que seria uma coisa boa, então no final foi mais parte desses caras, a gravadora e Danny, tirando Sword and Stone. Essa foi na verdade uma música que o resto da banda achou que precisávamos fazer enquanto Danny estava ocupado produzindo o disco de Chez Kane, que é quem ele fez todas as músicas, então o resto de nós falamos “vamos gravar alguns covers” e Sword and Stone foi a primeira que se saiu melhor, no final decidimos colocar ela junto no álbum. 

    “Não é a primeira vez de vocês no Brasil, mas já fazem 11 anos desde a última. Irão ter alguma surpresa para os fãs? Quais são suas expectativas? Você acha que o público mudou depois de todos esses anos?”
Flyer do show em 2013


    
    J: Não faço ideia. Na primeira vez, fizemos um show único em São Paulo há onze anos atrás e não tínhamos nenhuma expectativa também, o que pensávamos era: “Beleza, vamos lá e tocar”. Eu já ouvi muito sobre os fãs da América do Sul, que são malucos e coisas assim, tenho amigos que foram em turnê aí que me disseram isso, mesmo que tivesse vinte pessoas na plateia iria soar como duzentas. Mas quando fomos para São Paulo, tocamos num lugar pequeno, se não me engano tinha a capacidade de duzentas pessoas, que até onde posso me lembrar estava bem cheio. O público foi mais alto que o ponto de retorno, foi bem surpreendente para nós, porque não esperávamos nada [...]. Mas nossas expectativas são ir lá e tocar e dar um pouco de cada álbum e com sorte ninguém vai dizer “Oh senti falta dessa música”, vamos fazer em torno de 15 músicas, então vai ser uma jornada insana.

     “Os shows serão na festa “Glam Slam” e no Glam Metal Fest em São Paulo. Como é ser a atração principal e conhecidos como grande influência em um grupo com bandas lendárias como Pretty Boy Floyd e Tuff?”

    J: Eu não ligo muito se sou atração principal ou banda de abertura. A parte boa de ser a principal é poder tocar quantas músicas quiser, e quando você é de abertura tem o cronograma que diz que você não pode passar dos trinta ou quarenta minutos. Com uma discografia com oito álbuns como a nossa, é bem difícil escolher apenas 6 ou 8 músicas e ficar contente com as escolhas, porque sempre vão ter músicas que você vai querer tocar ou que o público quer ouvir.

    Vale também ressaltar que a banda é conhecida por seus álbuns temáticos. Desde o Ruff Justice (2014), que é voltado ao gênero de terror, até seu último trabalho de músicas inéditas, Street Lethal, que é voltado ao tema de artes marciais. Os videoclipes desses trabalhos contém edição de filmes clássicos da época com as músicas principais.






    "A última década para a banda foi composta majoritariamente por álbuns temáticos."
    J: Sim, sim, esses álbuns tiveram um conceito. Ruff Justice não era pra ser, na verdade. Quando ele foi feito, no começo, foram por três músicas para Sexta-feira 13: O Jogo, que pediram duas músicas [...], perguntaram por duas músicas que fossem com a temática de horror para o Jason, Danny escreveu as músicas e eles amaram, foi para o jogo e entraram em colaboração com a gravadora, e ao mesmo tempo isso armou o esquema de coisas para o álbum conceitual. Danny compôs 90% das músicas ou mais, então ele geralmente tem ideia do que ele quer. O último álbum foi sobre Kobra-Kai, artes marciais ou coisas assim [...]. Não acho que iremos fazer um disco de ficção científica para ser sincero, mas a ideia é iniciar o novo disco esse ano só que não faço ideia de quando vamos começar, e o conceito não é bem determinante, não da mesma forma (que antes) pelo menos.

    "E qual foi seu conceito favorito de trabalhar?"
    J: Eu gosto mais do Ruff Justice. Já que sou um cara do metal [...]. Foi um álbum divertido de fazer porque nós estávamos meio desanimados, afinal perdemos dois dos nossos guitarristas ao mesmo tempo. Quando eles saíram, não tínhamos certeza se iríamos continuar, até que Jens e Chris entraram na banda e mesmo que Danny faça toda a música, deu aquele sentimento de recomeço, e foi bom, foi divertido de gravar. Então é meu favorito.

    "Como você entrou no Crazy Lixx? Já conhecia o Vic (Zino) de antes?"
    J: Sim, eu conheço Vic desde que eu tinha 17 anos, o que é tipo um milhão de anos atrás. Quero dizer, tenho 43 anos agora, então conheço Vic há 26 anos. Tocamos desde a época, então sempre estivemos juntos, e Danny apareceu por volta de um ano depois. Eu e Vic tocamos juntos numa banda de metal, fomos apresentados a Danny por um amigo que era o vocalista nessa nossa banda, ela era esquisita, tipo um híbrido de todas as coisas que você possa imaginar, havia de influências do Pantera até Sonata Arctica, coisas assim. Mas das cinzas daquela banda, Danny queria fazer músicas que ele gostava dos anos 80, começo dos anos 90 tipo Skid Row.

Vic Zino tocando junto ao Hardcore Superstar
    "Bem, já que nós estávamos falando sobre Vic Zino, hoje ele está no Hardcore Superstar, e ele saiu da banda um pouco depois do lançamento do primeiro álbum do Crazy Lixx, que é bem aceito pelos fãs de hard rock, você sabe alguma coisa sobre a decisão dele? Ou foi tipo “Ah, agora só quero ir para um caminho diferente?”

    J: Não, então, nós estávamos em turnê com o Hardcore Superstar na Inglaterra e o Thomas (Silker, guitarrista) disse “Não quero mais fazer isso” e depois saiu, fez só o último show em Londres. O problema era que eles tinham uma ou duas semanas antes de irem para a turnê na Austrália, e Japão também eu acho, e foi Thomas mesmo que sugeriu pro pessoal do Hardcore (Superstar) “tragam o Vic com vocês. Eu acho que ele é mais do que capaz”. Quando ele (Vic) foi chamado, na época era só para suporte, mas meio que já sabíamos, bem, eu soube, porque se eu fosse do Hardcore Superstar e nós temos um cara que já trabalhou em turnê com a gente e tem uma personalidade compatível, por que abrir audições para guitarristas? Não há motivo. Então quando ele voltou da turnê, já sabia que aquilo viria, e não posso culpá-lo. Quero dizer, Hardcore Superstar é de longe maior que nós, especialmente naquela época, que estavam no auge na época também. Foi uma decisão difícil para ele, mas foi compreensível então não houve nenhuma desavença, mal-ressentimento, nem nada disso, todo mundo entendeu. Nós continuamos amigos até hoje, fui ver Hardcore Superstar ano passado no Monsters of Rock Cruise, eu e Vic ainda somos amigos e conversamos de vez em quando, nos encontramos uma vez ao ano e toda vez que isso acontece, é como se o tempo não tivesse passado, então ele é um amigo muito querido por mim, mesmo que não façamos mais parte da mesma banda.



    Então, Joél, você tem algum registro fora do Crazy Lixx? Fiquei sabendo que você toca, ou tocava, numa banda de death metal chamada Enshrined.
    J: Ah sim, aliás tenho a camiseta. Eu sai daquela banda em 2007 quando o Crazy Lixx estava tomando forma e não tinha tempo para duas bandas. Na época eu tocava bateria para muitas bandas de vários gêneros, mas quando deu 2007 comecei a trabalhar tempo integral e minha esposa, futura esposa, veio e disse “Você vai ter tempo para isso (relacionamento) também? Porque nós mal conseguimos nos ver e você sai todo final de semana para tocar”, então eu tomei a decisão de sair de uma das bandas e o Crazy Lixx era a mais querida para mim, e os caras da banda de death metal também concordaram, não era como se a banda de death metal fosse sair numa turnê de 6 meses, e a banda se separou depois daquilo, na verdade. A parte engraçada é que por causa disso que tenho a camiseta, porque o Dean, guitarrista da banda, tinha as fitas demo [...] então eu conversei com ele sobre as bandas de Malmo que eram da nossa época estarem colocando suas demos antigas no Spotify, tipo álbuns que estavam fora desde 2001 que ninguém fazia ideia que existia, e eu fiquei “Ei, por que nosso álbum não está lá?” e ele disse “Bem, o primeiro álbum não há o que fazer porque a gravadora que detém os direitos, mas eu tenho as demos do segundo álbum que gravamos e nunca lançamos”, então é por isso que está no Spotify agora. Ele colocou as faixas lá, estava tudo pronto e mixado, só que o segundo disco só não viu a luz do dia. E Dean fez a camiseta aí tenho uma agora.

    Foi muita coincidência o fato de perguntarmos a ele e estar usando a camiseta da banda. Você pode conferir toda a entrevista com outras perguntas inéditas no canal Alma Hard pelo link abaixo:

    Agradecemos mais uma vez a Joél por ter nos dado a oportunidade de ter esta conversa e aguardamos ansiosos pela turnê! Muito obrigada também a você, leitor, por chegar até aqui. Espero que a parceria com o Alma Hard possa continuar por bastante tempo.
    Os ingressos para os shows da banda estão disponíveis pelo Sympla, confira abaixo os preços para o evento de Curitiba:

Crazy Lixx - GlamSlam - Curitiba

15 mar - 2024 • 19:00 > 16 mar - 2024 • 03:00

Mezanino - Meia Promocional
R$ 200,00 (+ R$ 20,00 taxa)

Mezanino
R$ 400,00 (+ R$ 40,00 taxa)

Pista 2o Lote - Meia Promocional
R$ 110,00 (+ R$ 11,00 taxa)

Pista 2o Lote
R$ 220,00 (+ R$ 22,00 taxa)


    Para mais informações, siga a @glamslampartybr no Instagram, e para mais notícias, entrevistas e resenhas, me siga na @major.countdown no Instagram!

sábado, 10 de fevereiro de 2024

[ENTREVISTA] MARENNA - NOVIDADES, TURNÊ PELA EUROPA E MAIS!

[ENTREVISTA]

MARENNA - NOVIDADES, TURNÊ PELA EUROPA E MAIS!

Nessa entrevista com o vocalista e fundador da banda, Rod Marenna desenrola sobre o último ano da banda, para além do futuro, como sonhos, metas a serem atingidas e projetos fora da banda.

     
    O Marenna é referência dentro do hard rock brasileiro, além de principal banda de AOR no país, eles vêm ganhando destaque, principalmente após a abertura para o Scorpions em Porto Alegre, com um público de nove mil pessoas. A banda, que começou em 2014, é natural de Caxias com o intuito de comercializar as composições de Rod (ou Rodrigo, como preferirem) junto a parceiros locais que compartilhavam também o gosto pelo rock melódico. O projeto conta com sete álbuns lançados, uma turnê pela Argentina, duas turnês nacionais e, agora em maio, embarcando para sua primeira turnê fora do continente Americano.


    Relembrando o último ano para o Marenna, um ano com muitas novidades e importante principalmente pelas apresentações para artistas grandes e renomados, conte um pouco para nós sobre os nomes, as experiências.
    R: Cara, cada experiência é única, né? (risos) O primeiro show foi para o Geoff Tate, dia 20 de janeiro no Tokio Marine Hall, que é uma das casas mais importantes de espetáculos que tem em São Paulo, eu acredito que tinha em torno de umas duas, três mil pessoas. É sempre um desafio, porque você abrir para um artista que tem seus quarenta, cinquenta anos de carreira, um artista internacional de grande gabarito. São experiências onde você tem que ter na cabeça que precisa provar o porquê de estar ali, sempre vai ter aquele medo e tem que ir com ele mesmo! Foi um show bem desafiador, por ser a primeira vez que tocamos com um equipamento diferente do usual, sem ensaio, trinta minutos ali, montando equipamento, passar o som, toca o show e vai embora, então foi realmente uma prova. Depois em abril tocamos com o Eric Martin, também um artista americano, com um nível de exigência sempre grande. Sou muito fã dele, já tive até banda cover de Mr. Big. Dá para dizer que foi a terceira ou quarta vez em que estive com ele, e foi bem bacana. Depois tocamos com o Scorpions, onde também tivemos que lidar com alguns percalços, que são costumeiros. Fizemos nossa parte e foi sensacional. Tocamos no Capital Moto Week no palco principal, que tem o show completo no Youtube, para quem quiser. Tocamos também com o Danny Vaughn do Tyketto, em Curitiba, que também foi desafiador pois foi a primeira vez após cinco anos de banda em que tocamos sem nosso tecladista, nós optamos por tocar com as trilhas dele, mas que foi melhor do que se tivéssemos chamado alguém no lugar dele, porque assim ainda estávamos com ele.


    Nesses casos de shows internacionais, tem ligação a escolha do artista ou a acessoria que entra em contato com vocês? Como funcionam esses convites?
    R: Cada caso é um caso, as produtoras tem meios diferentes. Depende muito da participação da banda no mercado, do alcance da banda, empresário, além da produtora. Sempre que surge algo novo, procuro estar a disposição e em contato com a banda, para caso tudo estiver de acordo passar para nosso empresário, fazer a parte de negociação com as produtoras. Porto Alegre, por exemplo, possui uma lei municipal que em todo show internacional, precisa de um artista local. Então o Scorpions, Capital Moto Week, inscrevi nosso material e mandamos para a produtora e assim nos escolheram. 

    O que a gente pode esperar de surpresas, já estamos sabendo de novas datas para a europa também. Como será esse ano para o Marenna?
    R: Nós estamos buscando uma turnê compacta e viável. Melhor fazer seis a oito shows num curto espaço de tempo do que ficar fazendo vários shows não tão legais. Já estamos com shows agendados e fechamos mais um, então estamos bem contentes. A gente tá com show marcado em Curitiba também, fazendo abertura do Crazy Lixx e Stevie Rachelle, depois voltamos para Caxias para um evento de música local que estou co-produzindo da St. Patrick, além dos shows em abril que ainda estão em negociação, maio a turnê europeia e no segundo semestre começam os lançamentos que são provenientes dos dez anos do Marenna. Têm registros ao vivo a serem lançados em breve e material inédito em comemoração, então fiquem no aguardo!




    Após todos essa bagagem, ainda há algum artista que você gostaria de dividir o palco? Sabemos que você é um grande fã de Bon Jovi... 
    R: Pergunta difícil (risos). Mas diria que com certeza fazer um show com Jon Bon Jovi seria tocar com ele. Já até sonhei com a vez que tocamos com ele, em todos os detalhes possíveis, com direito a elogio por parte dele. Então, com certeza esse seria zerar a vida (risos).
    Rod também nos lembra que em seu canal do youtube há uma nova série de vídeos onde a banda fala sobre a composição do último álbum "Voyager", explicando faixa a faixa sobre seu processo criativo, que também nos deu uma palhinha:
    "O processo é intuitivo, mas no sentido de que tenho as referências, perco muito tempo com a pré-produção. Gravo três ou quatro versões no celular, só depois vou para o estúdio, lá faço um esboço da música, ouço incansavelmente até começar a mexer; trabalho com uma linguagem no meu som que são as sensações. Procuro imaginar aquela música para determinada situação: [...] Ela vai me fazer pensar ou sair da caixa? Tento trabalhar camadas e referências, como uma colcha de retalhos. Aposto na composição e no que ela pode projetar na pessoa."
    É isso que o Marenna possui de diferencial em suas músicas, e pedimos para que não deixe continuar fazendo!
    Assista a entrevista completa no Youtube:

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

[ANIVERSARIANTE DO DIA] PARABÉNS, AXL ROSE!

Parabéns, Axl Rose!



[ANIVERSARIANTE DO DIA]



    O nome Axl Rose é familiar para todos nós e não é a toa, pois o líder e co-fundador do Guns 'n' Roses é responsável por sua obra e chave-mestra para sua grandeza, proporcionando memórias em nossas vidas que estão para sempre marcadas por suas músicas e estilos.
    W. Axl Rose nasceu no dia 6 de fevereiro de 1962, em Lafayette, Indiana, e teve um crescimento conturbado. Não irei me atentar em detalhes, pois hoje é seu aniversário, mas devo dizer que esse garoto sofreu muito nas mãos da vida! Felizmente, com seu diagnóstico de bipolaridade, sua qualidade de vida melhorou bastante e é nítido sua evolução.
    Em 1993, Axl fez uma participação no tributo a Freddie Mercury, dando vida a apresentação de Bohemian Rhapsody junto a Elton John e os membros remanescentes do Queen. Performance esta que, aos olhos dos fãs, é uma de suas maiores e melhores ao vivo, mas aos bastidores da produção, foi um pouco difícil... Joe Elliott, do Def Leppard, relembra a história:
    "Axl estava no quarto ao lado do nosso. Elton nos contou que bateu na porta, o segurança do Axl abriu a porta e disse: "Axl está dormindo.", Elton respondeu: "Bom, eu estarei fazendo um dueto com ele daqui quatro horas!" O cara só deu de ombros e fechou a porta na cara dele. Então Elton apareceu no nosso quarto e disse: "O que caralhos tem de errado com esse cara?"
    O resultado final nós já sabemos, mas que sufoco!

    


'Born Again', o pacto sombrio do Hard Rock

     O remake de ' Nosferatu ' está em cartaz nos cinemas, fazendo os góticos e metaleiros irem a loucura. Essa obsessão dos rockeir...